Satélites de matéria escura desencadeiam starbursts em galáxias anãs
2016-03-10
Galáxia anã com starburst (episódio violento de formação de estrelas). Crédito: UC Riverside.
matéria escura
A matéria escura é matéria que não emite luz e por isso não pode ser observada directamente, mas cuja existência é inferida pela sua influência gravitacional na matéria luminosa, ou prevista por certas teorias. Por exemplo, os astrónomos acreditam que as regiões mais exteriores das galáxias, incluindo a Via Láctea, têm de possuir matéria escura devido às observações do movimento das estrelas. A Teoria Inflacionária do Universo prevê que o Universo tem uma densidade elevada, o que só pode ser verdade se existir matéria escura. Não se sabe ao certo o que constitui a matéria escura: poderão ser partículas subatómicas, buracos negros, estrelas de muito baixa luminosidade, ou mesmo uma combinação de vários destes ou outros objectos.
Fria), diz que que as galáxiasA matéria escura é matéria que não emite luz e por isso não pode ser observada directamente, mas cuja existência é inferida pela sua influência gravitacional na matéria luminosa, ou prevista por certas teorias. Por exemplo, os astrónomos acreditam que as regiões mais exteriores das galáxias, incluindo a Via Láctea, têm de possuir matéria escura devido às observações do movimento das estrelas. A Teoria Inflacionária do Universo prevê que o Universo tem uma densidade elevada, o que só pode ser verdade se existir matéria escura. Não se sabe ao certo o que constitui a matéria escura: poderão ser partículas subatómicas, buracos negros, estrelas de muito baixa luminosidade, ou mesmo uma combinação de vários destes ou outros objectos.
galáxia
Um vasto conjunto de estrelas, nebulosas, gás e poeira interestelar gravitacionalmente ligados. As galáxias classificam-se em três categorias principais: espirais, elípticas e irregulares.
estão inseridas em halos muito grandes e massivos de matéria escura, que por sua vez estão rodeados por milhares de halos mais pequenos também de matéria escura.
Um vasto conjunto de estrelas, nebulosas, gás e poeira interestelar gravitacionalmente ligados. As galáxias classificam-se em três categorias principais: espirais, elípticas e irregulares.
À volta de grandes galáxias, como a Via Láctea
Via Láctea
A Via Láctea é a galáxia de que faz parte o nosso Sistema Solar. Trata-se de uma galáxia espiral gigante, com um diâmetro de cerca de 160 mil anos-luz e uma massa da ordem de 100 mil milhões de vezes a massa do Sol.
, estes sub-halos de matéria escura são suficientemente grandes para hospedarem a quantidade de gás e poeira necessária para formar pequenas galáxias, as galáxias satélite, podendo algumas delas ser observadas. As galáxias satélite orbitam a sua galáxia hospedeira durante milhares de milhões de anos antes de uma potencial fusãoA Via Láctea é a galáxia de que faz parte o nosso Sistema Solar. Trata-se de uma galáxia espiral gigante, com um diâmetro de cerca de 160 mil anos-luz e uma massa da ordem de 100 mil milhões de vezes a massa do Sol.
fusão
1- passagem do estado sólido ao líquido, por efeito do calor; 2- junção, união.
. As fusões adicionam grandes quantidades de gás e de estrelas1- passagem do estado sólido ao líquido, por efeito do calor; 2- junção, união.
estrela
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
à galáxia central, desencadeando episódios violentos de formação de estrelas - conhecidos como starbursts - devido ao gás em excesso. A forma ou morfologia da galáxia hospedeira também pode ser alterada devido à interação gravitacional.
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
Os halos menores formam galáxias anãs, que por sua vez serão orbitadas por sub-halos satélite de matéria escura ainda mais pequenos, demasiado pequenos para conterem gás ou estrelas. Estes satélite escuros não são visíveis pelos telescópios, mas surgem imediatamente nos modelos teóricos que correm em simulações de computador. Para se provar a sua existência, é necessária a observação direta da sua interação com as galáxias hospedeiras.
Laura Sales, professora assistente do Departamento de Física e Astronomia da Universidade da Califórnia, Riverside, colaborou com Tjitske Starkenburg e Amina Helmi, ambas do Instituto Astronómico Kapteyn, na Holanda, para apresentar uma inovadora análise de simulações de computador, com base em modelos teóricos, que estuda a interação de uma galáxia anã com um satélite escuro.
As descobertas vêm descritas num artigo publicado na revista Astronomy & Astrophysics.
As investigadoras descobriram que, durante a maior aproximação de um satélite escuro a uma galáxia anã, o gás na anã é comprimido por gravidade, desencadeando episódios significativos de starbursts. Estes episódios de formação de estrelas podem durar vários milhares de milhões de anos, dependendo da massa
massa
A massa é uma medida da quantidade de matéria de um dado corpo.
, órbitaA massa é uma medida da quantidade de matéria de um dado corpo.
órbita
A órbita de um corpo em movimento é a trajectória que o corpo percorre no espaço.
e concentração no satélite escuro.
A órbita de um corpo em movimento é a trajectória que o corpo percorre no espaço.
O cenário prevê que muitas das galáxias anãs que hoje facilmente observamos devem estar a formar estrelas a uma taxa superior à esperada - ou a passar por um starburst - que é exatamente o que as observações por telescópio detetaram.
Além disto, à semelhança do que acontece em fusões entre galáxias mais massivas, a interação entre a galáxia anã e o satélite escuro provoca perturbações morfológicas na anã, que podem alterar completamente a sua estrutura, de um sistema em forma de disco para um sistema esférico/elíptico. Este mecanismo também oferece uma explicação para a origem das galáxias anãs esferoidais isoladas, um quebra-cabeça que permaneceu sem solução durante várias décadas.
Fonte da notícia: http://phys.org/news/2016-03-dark-satellites-trigger-massive-birth.html