Decorreu esta semana o Conselho de Ministros da Agência Espacial Europeia (ESA) em Haia, na Holanda. Apesar do Conselho ter decorrido num clima de crise financeira, foi decidido o aumento do orçamento da ESA para 10 mil milhões de euros. Muito provavelmente, durante o Conselho prevaleceu a ideia de que apostar mais no espaço é também uma forma eficaz de ajudar a combater a actual crise. Na verdade, o domínio da tecnologia espacial tem sido fértil em sub-produtos de alta tecnologia que estimulam a indústria dos países que os inventam e cujos lucros frequentemente ultrapassam em muito os custos de investigação e de desenvolvimento, gerando riqueza e emprego.

A Europa é hoje líder em vários sectores da tecnologia espacial, temos a melhor rede de observatórios terrestres e espaciais, do rádio aos raios gama, temos o melhor veículo de lançamento de satélites, o foguetão Ariane, e em breve o melhor sistema de posicionamento global será europeu, o sistema Galileu. No entanto, apesar do PIB dos EUA não diferir muito do PIB da Europa, actualmente a NASA tem um orçamento cerca de 50% superior ao novo orçamento da ESA. Este aumento do orçamento vai diminuir os riscos da Europa perder liderança nas áreas mencionadas, no entanto será necessário no futuro aumentar a ambição da ESA, expandindo a Agência a novas áreas como as missões tripuladas, sector em que temos andado literalmente à boleia de russos e de americanos, numa altura em que mesmo a China já tem as suas próprias missões.

Notícia completa sobre as decisões tomadas em: http://www.esa.int/esaCP/SEMXTZ9WYNF_Portugal_0.html