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" Nunca se manifeste mais claramente do que a sua capacidade de pensar."- Niels Bohr

O peso do meu centro
2004-12-27

Galáxia Espiral NGC 1097. Crédito: ESO.
Como poderás saber o peso que suporto em mim? O peso do meu centro. Não é a ausência que me habita, não é um vazio que me constrói, como o vazio no centro de uma roda. Não. É uma excessiva presença. Cada parte do meu centro pesa pelo universo. Haverá nele, no rasgão do espaço que provoca, um bilião de histórias, homenzinhos verdes, a Starship Enterprise, os malvados Klingons, o destruído Krypton, vulcanos, urâneos, o Super Homem, o homem borracha, uma multidão de simpáticos ETs, aquela estrela vermelha, aquele planeta azul?
Há. De tudo. Só que não se lembram. Eu sou, no meio de mim, a memória que destrói a memória, que destrói a luz, que engole tudo. Os braços de luz são uma ilusão. Tudo está a cair para mim, para o negro.