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Ditos
"Os problemas mais importantes não podem ser solucionados com o mesmo nível de pensamento com o qual os criamos."- Albert Einstein
Gira ali, gira acolá, ver até onde dá
2015-11-05
6.Nov.-12.Nov 2015 (Portugal)
Quer se admita, quer não, a vida gira axiomaticamente em torno de nós próprios; cada um por si. Só em segundo plano gira em torno dos filhos, do companheiro, da conta bancária ou do que quer que seja a preferência gravítica emocional adotada.
Na escala seguinte estamos nós em cima da bola rochosa chamada Terra. Mesmo que aparente ser o contrário, a Terra também gira primeiramente sobre si própria. Em segundo lugar, como toda gente sabe, gira em torno do Sol, formando, com os outros planetas o sistema solar. Este, portanto, também gira sobre si próprio, começando pelo próprio sol.
Mas o movimento rotacional e giratório não terminam ai. O sistema solar gira em torno do centro da nossa galáxia, tal como fazem todas as estrelas que podemos ver no céu, pois pertencem todos sem exceção à Via láctea (nome próprio da nossa galáxia). Seguindo a lógica até agora assumida, a galáxia terá de dar voltas em torno de algo e certamente o faz.
A nossa galáxia não está sozinha, mas sim, rodeada de outras galáxias, ao todo pouco mais de 50 são conhecidas. Este conjunto de galáxias dá pelo nome de Grupo local e gira em torno do seu ponto gravitacional comum, o qual se situa algures no meio do nada entre a nossa galáxia e a galáxia vizinha, chamada galáxia de Andrómeda.
A galáxia vizinha de Andrómeda é semelhante a nossa própria galáxia, que provavelmente nunca iremos ver de longe. Aspeto fotográfico com telescópio, binóculo e a olho nu (dimensão exagerada). Crédito: ESO/S. Brunier/GRM
O Grupo local é um aglomerado de galáxias rodeado de outros aglomerados formando ao todo um superaglomerado (termo mais usado entre os poucos profissionais). O “nosso” dá pelo nome de superaglomerado de Coma-Virgem. E como manda a aparente regra do girar sobre si próprio e em segundo lugar rodar em torno de algo, o Grupo local faz a sua rotação com os demais aglomerados, mais ou menos em torno do maior deles, o aglomerado de Virgem. Para explorar os movimentos giratórios das estruturas cósmicas ainda maiores, os astrónomos precisam, porém, meios de observação e medição bem mais avançados para chegar a tais distâncias com a precisão necessária.
Nós, mortais comuns sem telescópios e afins, até onde podemos ver estas coisas que se movem por aí fora?
Para o que se referiu mesmo no início basta um espelho. Quanto à rotação da terra, esta vê-se diariamente através do nascer e ocaso do sol e das estrelas. A translação em torno do sol nota-se apenas ao longo de um ano, o que é demais para a nossa memória e, por isso, requer meios fotográficos. A rotação do sistema solar também não é particularmente evidente, mas a translação dos planetas, ao longo de poucos dias pode ser atualmente acompanhada de madrugada através da alteração das distâncias aparentes entre Vénus, Marte e Júpiter (as luzes mais brilhantes sobre o horizonte leste). Infelizmente a rotação da galáxia é impercetível, pois uma volta demora quase 250 milhões de anos.
Embora não vejamos o movimento, a olho nu podemos ao menos ver a galáxia vizinha Andrómeda. Se tiver um binóculo, este faz milagres para captar uma espreitadela sobre uma outra galáxia.
Como encontrar a galáxia da Andrómeda? Fácil se o céu estrelado e a paisagem forem mesmo bem escuros!
Depois do jantar, saia da casa e procure um local o mais escuro possível. Vire-se para onde tipicamente nasce o sol. Vire-se um bocadinho mais para a esquerda e olhe bem para cima. Procure um asterismo de estrelas que parecem um W enorme. As últimas duas estrelas desse W são o ponto de partida. Estende a linha imaginária entre essas duas estrelas para baixo até encontrar a próxima estrela brilhante. A alguma distância a direita dessa estrela procura outra de brilho semelhante. Agora suba o olhar (binóculo) para cima até a primeira estrela que encontrar (é menos brilhante que as outras até agora). Suba a linha formada entre estas duas estrelas e pela mesma distância (a olho nu não precisa mexer a cabeça) e está a olhar para a galáxia vizinha.
Ao olhar ao binóculo esta parece uma mancha difusa, como uma nuvenzinha transluzente. Para captar a sua estrutura em espiral ou até estrelas dentro da galáxia já é preciso um telescópio equipado com meios fotográficos. A galáxia da Andrómeda é um pouco maior que a nossa própria galáxia e daqui a 5 mil milhões de anos vai fundir-se com a nossa, tornando-se este casal de galáxias a força dominante no Grupo local.
Quer se admita, quer não, a vida gira axiomaticamente em torno de nós próprios; cada um por si. Só em segundo plano gira em torno dos filhos, do companheiro, da conta bancária ou do que quer que seja a preferência gravítica emocional adotada.
Na escala seguinte estamos nós em cima da bola rochosa chamada Terra. Mesmo que aparente ser o contrário, a Terra também gira primeiramente sobre si própria. Em segundo lugar, como toda gente sabe, gira em torno do Sol, formando, com os outros planetas o sistema solar. Este, portanto, também gira sobre si próprio, começando pelo próprio sol.
Mas o movimento rotacional e giratório não terminam ai. O sistema solar gira em torno do centro da nossa galáxia, tal como fazem todas as estrelas que podemos ver no céu, pois pertencem todos sem exceção à Via láctea (nome próprio da nossa galáxia). Seguindo a lógica até agora assumida, a galáxia terá de dar voltas em torno de algo e certamente o faz.
A nossa galáxia não está sozinha, mas sim, rodeada de outras galáxias, ao todo pouco mais de 50 são conhecidas. Este conjunto de galáxias dá pelo nome de Grupo local e gira em torno do seu ponto gravitacional comum, o qual se situa algures no meio do nada entre a nossa galáxia e a galáxia vizinha, chamada galáxia de Andrómeda.
A galáxia vizinha de Andrómeda é semelhante a nossa própria galáxia, que provavelmente nunca iremos ver de longe. Aspeto fotográfico com telescópio, binóculo e a olho nu (dimensão exagerada). Crédito: ESO/S. Brunier/GRM
O Grupo local é um aglomerado de galáxias rodeado de outros aglomerados formando ao todo um superaglomerado (termo mais usado entre os poucos profissionais). O “nosso” dá pelo nome de superaglomerado de Coma-Virgem. E como manda a aparente regra do girar sobre si próprio e em segundo lugar rodar em torno de algo, o Grupo local faz a sua rotação com os demais aglomerados, mais ou menos em torno do maior deles, o aglomerado de Virgem. Para explorar os movimentos giratórios das estruturas cósmicas ainda maiores, os astrónomos precisam, porém, meios de observação e medição bem mais avançados para chegar a tais distâncias com a precisão necessária.
Nós, mortais comuns sem telescópios e afins, até onde podemos ver estas coisas que se movem por aí fora?
Para o que se referiu mesmo no início basta um espelho. Quanto à rotação da terra, esta vê-se diariamente através do nascer e ocaso do sol e das estrelas. A translação em torno do sol nota-se apenas ao longo de um ano, o que é demais para a nossa memória e, por isso, requer meios fotográficos. A rotação do sistema solar também não é particularmente evidente, mas a translação dos planetas, ao longo de poucos dias pode ser atualmente acompanhada de madrugada através da alteração das distâncias aparentes entre Vénus, Marte e Júpiter (as luzes mais brilhantes sobre o horizonte leste). Infelizmente a rotação da galáxia é impercetível, pois uma volta demora quase 250 milhões de anos.
Embora não vejamos o movimento, a olho nu podemos ao menos ver a galáxia vizinha Andrómeda. Se tiver um binóculo, este faz milagres para captar uma espreitadela sobre uma outra galáxia.
Como encontrar a galáxia da Andrómeda? Fácil se o céu estrelado e a paisagem forem mesmo bem escuros!
Depois do jantar, saia da casa e procure um local o mais escuro possível. Vire-se para onde tipicamente nasce o sol. Vire-se um bocadinho mais para a esquerda e olhe bem para cima. Procure um asterismo de estrelas que parecem um W enorme. As últimas duas estrelas desse W são o ponto de partida. Estende a linha imaginária entre essas duas estrelas para baixo até encontrar a próxima estrela brilhante. A alguma distância a direita dessa estrela procura outra de brilho semelhante. Agora suba o olhar (binóculo) para cima até a primeira estrela que encontrar (é menos brilhante que as outras até agora). Suba a linha formada entre estas duas estrelas e pela mesma distância (a olho nu não precisa mexer a cabeça) e está a olhar para a galáxia vizinha.
Ao olhar ao binóculo esta parece uma mancha difusa, como uma nuvenzinha transluzente. Para captar a sua estrutura em espiral ou até estrelas dentro da galáxia já é preciso um telescópio equipado com meios fotográficos. A galáxia da Andrómeda é um pouco maior que a nossa própria galáxia e daqui a 5 mil milhões de anos vai fundir-se com a nossa, tornando-se este casal de galáxias a força dominante no Grupo local.