Descrição


Introdução


Visão artística da SMART-1. Crédito: ESA.
SMART-1 é o acrónimo de Small Missions for Advanced Research and Technology, ou seja, Pequenas Missões para a Investigação Avançada em Tecnologia. Nesta missão serão testadas novas tecnologias, para posterior utilização em projectos de maior envergadura. Na SMART-1 o teste principal será ao motor de propulsão eléctrica, visto por muitos como o futuro da propulsão espacial. A bordo também voarão instrumentos inovadores, quer no seu desenho, quer na sua miniaturização. No plano científico, os dados obtidos por estes instrumentos, permitirão uma maior compreensão de questões ainda em aberto acerca da Lua, entre as quais como se formou ou se lá existe água.

Os instrumentos da SMART-1 estão agrupados em duas categorias. Os maioritariamente científicos e os maioritariamente tecnológicos. Os tecnológicos são EPDP e SPEDE cuja função principal será testar a performance do motor de propulsão eléctrica e os seus efeitos no espaço circundante da nave. Nestes também se inclui o instrumento Kate, uma antena que vai testar novas e mais eficientes técnicas de comunicação com a Terra. Entre os instrumentos científicos, conta-se, a câmara de alta resolução, AMIE, o espectrómetro de raios X, DCIXS, e o espectrómetro de infravermelho, SIR.

Propulsão Eléctrica

O motor de propulsão eléctrica é uma inovadora forma de locomoção espacial, ainda só testada pela NASA em missões fora da órbita terrestre. Apesar de provocarem uma aceleração menor que a agora utilizada propulsão química, são motores mais eficientes, requerendo por isso menos combustível, aumentando desse modo a carga útil de uma sonda que use propulsão eléctrica e também a sua autonomia, pois as quantidades de combustível necessárias a missões para lá de Plutão são incomportáveis. E apesar de possíveis com sondas não motorizadas, o tempo para alcançar o objectivo é de mais de duas décadas.

Instrumentos Científicos

  • AMIE: A câmara de alta resolução, AMIE, com um CCD de 1024 x 1024 pixeis, ao voar a 300 km de altitude no apocentro, vai conseguir obter imagens com cerca de 30 m de resolução. Poderá assim ser possível vislumbrar depósitos de gelo.

  • DCIXS: O espectrómetro de raios X, DCIXS, procederá pela primeira vez ao mapeamento da totalidade da Lua nesta gama do espectro. Será assim possível analisar muitos dos elementos presentes na superfície lunar.

  • SIR: O espectrómetro de infravermelho, SIR, permitirá mapear a presença de minerais na superfície lunar. Vai também concentrar-se na procura de crateras escuras em busca de traços de água.

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