Origem



As insígnias da missão no foguetão Soyuz. Crédito: ESA/STARSEM-S.Corvaja.
A oportunidade para a Europa lançar uma ambiciosa missão para Marte surgiu, em grande parte, devido a um frustrante falhanço em 1996, curiosamente numa missão russa: a Mars 96, que não chegou a deixar a órbita terrestre devido a um problema no último andar do foguetão que a deveria ter transportado para o espaço interplanetário.

O facto de a Europa ter participado nessa missão, através de alguns dos instrumentos da Mars 96, que foram produzidos em laboratórios europeus, e também a de terem sobrado instrumentos, levou a ESA a considerar mais a sério uma potencial contribuição para a exploração de Marte, que já levava anos de interesse da parte das duas grandes agências espaciais de então, a NASA e a Agência Espacial Russa.

O ano de 2003 concentrava as atenções de ambos, sabendo-se que constituiria a ocasião mais favorável para o lançamento de veículos para Marte desde há 73 000 anos, algo que provavelmente não se voltará a repetir brevemente.

Em 1998, a Agência Espacial Europeia decidiu-se finalmente por enviar uma missão ao Planeta Vermelho, recuperando alguns dos sobressalentes dos instrumentos da missão russa Mars 96, e dando a laboratórios europeus, com a contribuição de outros países, a possibilidade de desenvolver outros, para a investigação da atmosfera, superfície, e subsolo de Marte. Depois de alguma discussão sobre a possibilidade de a Mars Express poder também servir como nave-mãe para um conjunto de módulos de aterragem, foi decidido dar a responsabilidade de desenvolver e financiar uma pequena sonda, com não mais de 90kg, a um grupo de investigadores da Open University, com o nome de "Beagle2".